sexta-feira, 9 de abril de 2010

Pintura no continente Africano a partir do final do séc. XIX ate os dias de hoje


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Arte Africana

A arte africana é um conjunto de manifestações artísticas produzidas pelos povos da África negra ao longo da história.

A continente africano acolhe uma grande variedad de culturas, caracterizadas a cada uma delas por um idioma próprio, umas tradições e umas formas artísticas características. Ainda que a grande extensão do deserto do Sahara actua como barreira divisória natural entre a norte da África e o resto do continente, há consideráveis evidências que confirmam toda uma série de influências entre ambas zonas através das rotas comerciais que atravessaram a África desde tempos remotos.

Em numerosas tribos indígenas da África, o arraigo da tradição artística autóctona tem permitido a manutenção de diversas manifestações estéticas até épocas relativamente recentes. De facto, é precisamente a partir de princípios do século XX quando esta arte começa a ser apreciado em Occidente, primeiro pelos representantes da vanguardia e depois por museus e público em general.

MMáscara de Gabón

Características gerais

Até princípios do século XIX o continente africano era o grande desconhecido para os europeus; nele coexistían uma grande pluralidad de raças e se falavam mais de dez mil línguas. Ainda que os portugueses tinham chegado ao rio Congo em 1482, o interesse científico e, sobretudo, económico das nações européias por África não se desenvolveu até mediados da mencionada centuria. A partir dessa data, sucessivas expedições nutriram de peças os museus das metrópoles. A arte africana, desenvolvido por comunidades isoladas, muito pequenas, apresenta uma enorme variedad. Assim mesmo, aprecia-se sua relação próxima com diversas práticas e actividades sociais. Em termos gerais, como todas as manifestações artísticas primitivas, a arte africana é essencialmente funcional, sempre surge associado a um acto religioso ou de carácter social, e daí que esteja fortemente condicionado pelas crenças.

Dantes de que se iniciasse o processo de colonização deo continente, a maior parte dos povos africanos eram animistas, isto é, atribuíam uma alma ou princípio vital a todos os seres e fenómenos da natureza. Só as civilizações mais desenvolvidas chegaram a criar um panteón de divinidades estabelecidas. Os africanos criam em um deus todopoderoso que não se comunicava com os imperfectos seres humanos. Essa divinidad outorgava a todas as criaturas um espírito, que podia exercer uma influência positiva ou negativa; os mais poderosos eram os antepassados: quando um homem morria, seu espírito se separava de seu corpo e vagava pelo lugar onde viveu. Os africanos achavam que estes espíritos moravam nas figuras talhadas que representam aos difuntos e que eram custodiadas por seus parentes.

Em general, os valores fundamentais que presidem este sistema de crenças são a unidade e a harmonia dentro d ela família e com o clã, com os antepassados e os espíritos. A religião é um acto comunitário, não individual. Os nativos que se converteram ao cristianismo ou ao islamismo se esforçaram por manter estes princípios. Neste contexto se diferenciaron duas manifestações artísticas básicas: fetiches e máscaras: Os fetiches são objectos aos que se atribui um poder sobrenatural para exercer influências maléficas ou beneficiosas. Cabe distinguir entre figuras-relicario, com cavidades para guardar objectos, fetiches de clavos, que exercem influências malignas, fetiches que transmitem as mensagens dos espíritos e talhas conmemorativas de personagens relevantes. Por sua vez, as máscaras empregam-se para captar a energia sobrenatural dos espíritos, em ritos funerarios e mágicos ou em cerimónias destinadas a propiciar a fecundidad da terra. A realização de uma máscara ou de um fetiche acompanha-se de um ritual específico, como o sacrifício prévio de um animal.

A grande maioria das manifestações da arte africana tem como matéria básica a madeira. Nas tribos mais desenvolvidas utilizaram-se, ocasionalmente, materiais como o ferro (em objectos de uso quotidiano, como facas, azadas e machados) ou o bronze. O ouro foi empregado pelas culturas mais evoluídas, como as de Costa de Marfil, para jóias, pequenas máscaras ou colgantes.

Desenvolvimento regionais

A arte africana é tão variado como as culturas que povoam o continente. As primeiras manifestações artísticas, como ocorreu em Norteamérica e Europa, com as pinturas e gravados rupestres que se remontam ao Neolítico e que se encontram na zona do Sahara (por exemplo, as pinturas do Tassili). Na zona de influência do Islão e a igreja ortodoxa, a arquitectura desempenhou um papel fundamental: existem notáveis exemplos, tanto na área ocidental do continente (a mesquita de varro de Yené, em Malí) como nas regiões orientais (igrejas rupestres de Lalibela, em Etiópia). A arquitectura doméstica tradicional se materializa em forma de singelas choças ou cabañas; quando se precisam várias habitações se vão acrescentando mais cabañas.

Nas áreas onde predominaba a cultura pastoril (desde o Sudão, ao sul de Sahara, até a sabanas orientais e meridionales), as principais manifestações artísticas se dão no âmbito de enfeito pessoal, onde aparecem com frequência motivos inspirados nos animais. Nestas zonas, a arte rupestre tem também uma importante presença. Entre os povos agricultores da África central e ocidental (cuencas dos rios Congo e Níger) a escultura dominava o panorama artístico. As primeiras esculturas conhecidas como cabeças e figurillas de cerâmica da cultura Nok da Nigéria (500 a. C.- 200 d. C.). Também correspondem a esta cultura as primeiras mostras do trabalho em ferro da área subsaariana. A mais antiga evidência do uso do cobre e seus aleaciones procede do assentamento Igbo de Igbo-Ukwu, também na Nigéria; yacimientos do século IX têm sacado à luz objectos de bronze que, não obstante, não guardam relação alguma com os famosos bronzes da cidade yoruba de Ifé (séculos XV-XIX), na Nigéria.

arte africana
Igbo-Ukwu: arte
africana em bronze

Outros exemplos da arte primitiva africana são as esculturas modeladas em argila dos artistas da cultura Nok (norte da Nigéria), feitas entre 500 AC e 200 DC. Destacam-se também os trabalhos decorativos de bronze de Igbo-Ukwu (séculos IX e X) e as magníficas esculturas em bronze e terracota de Ifé (do século XII al XV). Estas últimas mostram a habilidade técnica e estão representadas de forma tão naturalista que, até pouco tempo atrás, acreditava-se ter inspirações na arte da Grécia Antiga.

Os povos africanos faziam seus objetos de arte utilizando diversos elementos da natureza. Faziam esculturas de marfim, máscaras entalhadas em madeira e ornamentos em ouro e bronze. Os temas retratados nas obras de arte remetem ao cotidiano, a religião e aos aspectos naturais da região. Desta forma, esculpiam e pintavam mitos, animais da floresta, cenas das tradições, personagens do cotidiano etc.

Os bronzes de Benin e Ifé

Na África tropical, no centro do continente, desenvolveu-se cedo a técnica da cera perdida para as pequenas esculturas de bronze, como atestiguan os achados de Benin. O reino de Benin, que entre os séculos XIV E XIX ocupou o território da actual Nigéria, foi muito rico em esculturas realizadas com materiais diversos, como ferro, bronze, madeira, marfil ou terracota. Peças como o Altar da Mão ejemplifican a maestría com a que os artistas manipulavam o bronze, bem como a importância dos elementos simbólicos na arte. Na parte central desta obra aparecem uma série de figurillas em relevo que veneran ao rei e glorifican seu poder divino. O monarca é a figura central do conjunto; leva nas mãos os símbolos de seu poder, e sua cabeça é maior que as de suas cortesanos. Estas destacadas peças da arte africana chegaram a Inglaterra em 1897, quando a capital do reino foi destruída. Tratava-se de um tesouro formado por esculturas de bronze e marfil, entre as que sobresalían cabeças-retrato de reis, figuras de leopardo, sinos e placas com altorrelieve, todas elas realizadas com surpreendente maestría, com a técnica da cera perdida. O mesmo método empregou-se na realização de outras duas cabeças, muito similares, que se encontraram em Ifé em 1938. A surpresa surgiu quando estas se dataram de forma inequívoca nos séculos XIV-XV, isto é, eram anteriores à primeira escultura européia feita à cera perdida, datada em meados do XVI.

Outros exemplos de cerâmica são as cabeças de Lyndenburg, em África do Sul (500). Conhecemos também esculturas em pedra da zona da desembocadura do Congo, e de Sierra Leoa (século XVI), estas últimas provavelmente faz dos artesãos Sherbro, os mesmos que realizaram excelentes talhas de marfil.

As mais antigas esculturas de madeira conhecidas são os retratos dos reis de Kuba, da zona central da actual República Democrática do Congo, que datam do século XVII. No entanto, muitas de melhore-las esculturas em madeira corresponde à segunda década do século XX: por exemplo, os trabalhos dos maestros yorubas Olowe de Ise (após 1939) e Areogun de Osi-llorin (para 1880-1954).

As primeiras peças têxtiles conservadas da área subsaariana são bastos fragmentos da cultura Igbo-Ukwu (século IX) e prenda-las de algodón e lana encontradas nas grutas de Tellem, na zona de Bandiagara, em Malí (século XI).

As artes escénicas (dança, teatro e música) apresentam tanta relevancia ou mais que as visuais. As características mais sobresalientes da música africana são a complejidad do ritmo, marcado mediante o emprego de diversos tipos de tambores, e a relação entre a forma melódica e a estrutura tonal da linguagem.

A literatura é, provavelmente, a mais universal e considerada das artes na África. Inclui mitos, contos, embrujos, provérbios e sobretudo, poesia. É também a manifestação mñas inaccesible aos forasteros, o que explicaria por que tem merecido, em termos comparativos, tão pouca atenção. Ainda que transmitiu-se sobretudo oralmente, também tem existido certa tradição escrita entre os hausa e suahili. A partir do século XX desenvolveu-se a literatura africana em línguas européias, como o inglês, o francês e o português.

Por último, é imprescindible comentar uma das expressões artísticas mais peculiares do continente: a mascarada. Os africanos servem-se das máscaras para curar doenças, nos ritos de iniciación dos adolescentes, para convocar os espíritos dos antepassados, mediar em querelas ou julgar criminosos. Assim mesmo, são consultadas como se se tratasse de oráculos. A máscara pode-se definir como um recurso dramático que permite ao que a usa adoptar um papel diferente ao que normalmente lhe corresponde dentro da comunidade. A complejidad da mascarada e os ritos e festas com os que se associa evidencian seu carácter essencial como forma artística da área subsaariana.

Hoje, por exemplo, aparecem entre as culturas do sul do Sahara muitas mostras de arte muçulmana|arte islâmica]], bem como também formas arquitectónicas de inspiração norteafricana. Ademais, as investigações apontam a uma influência recíproca entre estas zonas do sul com as tradições artísticas e culturais daquelas regiões do norte da África mais fechadas ao Mediterráneo. A arte do Egipto, um dos mais brilhantes da África, tem importantes conexões artísticas e culturais com as civilizações africanas ao sul do Sahara.

Os colares africanos destacam pelo conjunto de cores que neles se combinam. A cada colar tem um significado, ao igual que as máscaras.

As artes africanas são fiel reflito das ricas histórias, filosofias, religiões e sociedades dos habitantes deste vasto continente. A arte africana, além de sua importância inherente às gentes que o produziram, tem inspirado também a alguns dos mais importantes artistas e movimentos da arte contemporânea tanto da Europa como da América. Os artistas ocidentais do século XX têm admirado a importância que se concede à abstracção na arte africana, estimulando com isso sua falta de preocupação pelo naturalismo.

As ricas tradições artísticas africanas continuam hoje em dia, tanto em sua linha mais tradicional como através de novos e renovadores modos de expressão.

As máscaras africanas


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Mascara Gelede do Benin no Brasil

As "máscaras" são as formas mais conhecidas da plástica africana. Constituem síntese de elementos simbólicos mais variados se convertendo em expressões da vontade criadora do africano.

Foram os objetos que mais impressionaram os povos europeus desde as primeirasrgdessas máscaras destacamos as Epa e as Gueledeé ou Gelede

Principais funções de uma máscara:

· disfarce;

· símbolo de identificação;

· esconder a sua identidade;

· transfiguração;

· representação de espíritos da natureza, deuses, antepassados, seres sobrenaturais ou rosto de animais;

· participação em rituais (muitas vezes presente, porém sem utilização prática);

· interação com dança ou movimento;

· fundamental nas religiões animalistas;

· mero adereço.

Símbolos

Ás vezes a máscara deixa de ser um mero adereço e passa a se tornar um símbolo de caráter enganoso. Vemos isso nas histórias em quadrinhos a máscara não esconde somente a identidade, mas transforma a vida de quem a possui. Os super-hérois colocam as máscaras e se transformam naquilo que não são na frente dos outros.

Principais Artes Africanas

Arte africana

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A arte africana exprime usos e costumes das tribos africanas.

É uma arte extremamente voltada ao espírito religioso, característica marcante dos povos africanos.

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A escultura foi amplamente usada pelos artistas africanos utilizando o ouro, bronze, marfim e a madeira.

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As máscaras sempre foram protagonistas indiscutíveis da arte africana.

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Para os africanos, a máscara representava um disfarce místico com o qual poderiam absorver forças mágicas dos espíritos e assim utilizá-las na cura de doentes, em rituais fúnebres, cerimônias de iniciação, casamentos e nascimentos.

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O material mais utilizado é a madeira, embora existam também peças singulares de marfim, bronze e terracota.

Antes de começar a entalhar, o artesão realiza uma série de rituais no bosque, onde normalmente desenvolve o trabalho, longe da aldeia e usando ele próprio uma máscara no rosto.

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Pablo Picasso, por volta de 1905, tomou conhecimento da arte africana - e aí surgiu nitidamente a inspiração para o movimento cubista.

Um exemplo dessa influencia é o importante quadro "Les Demoiselles D'avignon".

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"Les demoiselles D 'Avignon" - Pablo Picasso

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Pintura de Rodrigo Pombeiro, nascido em Moçambique

Bibliografia

http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/arte_africana.htm

http://pt.wikilingue.com/es/Arte_africana

http://aartemoderna.blogspot.com/2006/04/arte-africana.html


JAQUELINE DA SILVA Nª 12 // VINÍCIUS SALES MARTINS Nª36

Um comentário:

  1. Jaqueline e Vinícius, a pesquisa teria ficado melhor se a tradução para o português tivesse completa. Outra coisa, há muitas palavras cuja escrita atual já está modificada como, por exemplo FACTO. Reveja a grafia de: ARTÍSTICAS, VARIEDADE, SAARA, ATO, FATO, OCIDENTE, CENTÚRIA, FENÔMENOS, IMPERFEITOS, ASPECTOS, DEFUNTOS, RELICÁRIO, COMEMORATIVAS, FECUNDIDADE, OBJETOS, ARQUITETURA, PREDOMINAVA, EXEMPLIFICAVAM, EUROPEIA, IMPRESCINDÍVEL, ARQUITETÔNICAS e reescreva: EM GERAL, TENHAM CHEGADO AO CONGO// DIANTE DE QUE// ERAM ANIMISTAS// DENTRO DA FAM´LIA// SE DIFERENCIARAM DUAS// MALÉFICAS OU BENÉFICAS// A ARTE AFRICANA É TÃO VARIADA// FEITAS ENTRE 500 AC E 200 DC.// A PARTIR DO SÉCULO XX.

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